Considerando que nós podemos passar horas navegando na grande rede, a
segurança do navegador utilizado é uma questão-chave, porque além de
ser utilizado para acesso às contas de e-mail, também abre as portas dos
aplicativos corporativos ou página do banco. São muitos os aplicativos
web que, para evitar keyloggers instalados nos computadores dos usuários, apresentam teclados virtuais para clicarmos com o mouse, no entanto, a empresa Spider.io parece
ter encontrado uma vulnerabilidade em todas as versões do Internet
Explorer que permitiria a um terceiro monitorar os movimentos do mouse
do usuário e poderia representar riscos para os utilizadores de teclados
virtuais.
Dito de outra forma, esta vulnerabilidade (que aparentemente foi
testada desde o Internet Explorer 6 ao 10) permitiria a um terceiro
obter informações de nossos movimentos do mouse, mesmo quando a janela
do navegador é minimizada. A vulnerabilidade está ligada a uma das
funções executadas por aplicativos Web Analytics (negócio em que se
dedica a Spider.io), já que captam os movimentos do mouse do usuário
para traçar mapas de calor das áreas que mais são visitadas e, assim,
nortear o redesenho ou reorganização das informações. Neste caso, a
vulnerabilidade poderia ser explorada inserindo um “anúncio malicioso”
em um lugar da página para esconder o código que se aproveitaria da
falha.
E como isso afeta o usuário? Realizar este monitoramento em uma
página que apresenta ao usuário um teclado virtual (como aqueles
oferecidos em alguns serviços bancários on-line) pode apresentar um
risco de captura de dados de acesso, apesar de ser um cenário mais
complicado, tendo em consideração que como segurança adicional muitos
bancos movem a disposição das teclas desses teclados virtuais para que
as posições não possam ser gravadas e, claro, o terceiro mal
intencionado que coleta os dados necessita saber qual página estamos
visitando.
Embora o risco seja considerável, parece que a Microsoft não viu o
alerta da Spider.io como algo primordial, já que desde o alerta em
outubro a gigante de Redmond não se moveu para resolvê-lo, e por isso a
falha foi tornada pública agora, visando pressionar uma reação nas
fileiras da Microsoft. Enquanto isso, fica o alerta para se utilizar,
quando possível, outros navegadores para realizar o acesso a serviços
com dados preciosos. No vídeo abaixo você confere um exemplo de como se
realizaria o ataque citado nesta nota.
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